Projeto indicado pela Câmara é executado pela prefeitura

por Rochany Rocha publicado 17/11/2021 09h45, última modificação 18/11/2021 08h53
Projeto indicado pela Câmara é executado pela prefeitura

Vereadora Alice Conrado

Na última sexta-feira (12), foi lançado o Projeto Segue o Fluxo: Dignidade Menstrual para Meninas, na Escola Municipal Barão do Pajeú, no Distrito de Bernardo Vieira.

O projeto, que prevê a distribuição mensal de absorventes higiênicos para as alunas em idade menstrual de todas as escolas da Rede Municipal de Ensino, foi uma indicação da vereadora Alice Conrado. Aproximadamente 2.000 alunas em idade menstrual terão acesso ao produto.

De acordo com a vereadora, a indicação partiu da necessidade evitar a evasão escolar e proporcionar mais dignidade às alunas.

"Foi com imensa alegria que demos início a esse projeto, que tivemos a felicidade de indicar ao poder executivo. Essa ação dará mais dignidade, saúde e bem-estar às estudantes. A gente sabe que é uma grande dificuldade para as alunas da nossa rede pública garantir a compra desse item básico, porém necessário para nós mulheres", disse a vereadora que ressaltou o problema da pobreza menstrual no Brasil.
"A pobreza menstrual é um problema sério, onde muitas vezes mulheres e adolescentes necessitam substituir absorventes por outros materiais, prejudicando a própria saúde. O absorvente é um item básico de saúde da população, mais que ainda é um luxo para muitas mulheres", pontuou.

O projeto foi aprovado na Câmara de Vereadores, por unanimidade, e contou com o apoio dos vereadores para a execução. 

Pobreza Menstrual

Pobreza ou precariedade menstrual é o nome dado à falta de acesso de meninas, mulheres e homens trans a produtos básicos para manter uma boa higiene no período da menstruação. Não se restringe só à falta de dinheiro para comprar absorventes. Tem relação também com a ausência ou precariedade de infraestrutura no ambiente onde vivem, como banheiros, água e saneamento.

A higiene menstrual é um direito humano reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2014, mas está longe de ser uma realidade.

No Brasil, uma em cada quatro adolescentes não tem acesso a absorventes durante seu período menstrual.